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Corsan promete tapar buracos da obra de esgoto até outubro

Pâmela Rubin Matge


Foto: Gabriel Haesbart (Diário)
Diversas vias de Camobi acumulam pedras e pista irregular

O principal acesso ao aeroporto de Santa Maria, a Avenida Ruben Martin Berta, se tornou um problema tanto para para quem trafega quanto para quem mora em casas construídas às margens da via. É que o pedregulho está solto, e a avenida, que já é estreita, funciona praticamente em meia pista por conta de placas de sinalização. Segundo alguns moradores, um terreno que fica às margens da rua se tornou ponto de carga e descarga de pedras e demais materiais, e as janelas e portas das casas têm de se manterem fechadas por conta da poeira.

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Os rastros deixados pelas obras da Corsan, que, há dois anos, trabalha na finalização do assentamento da rede de esgoto do Bairro Camobi, têm sido motivo de reclamações diárias e de transtornos para quem vive em vários pontos da região. Em geral, a população reclama da demora na finalização de reparos, de serviços incompletos, além de uma certa incredulidade de que a buraqueira não terá fim tão cedo.

_ É uma vergonha a rua do aeroporto estar jogada assim. Um carro tem que parar para outro passar. Quase deu acidente aqui de noite. Eles dizem que vão terminar, mas ficou tudo pela metade, e só adiam _ reclama a dona de casa Gessi Lirio, 78 anos.

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Principal via de acesso ao aeroporto causa transtorno a moradores e carros

A Corsan justifica que, sem abertura e interrupção de ruas, é impossível executar qualquer serviço que seja. O superintendente regional da Corsan em Santa Maria, José Epstein, informou na última semana que nesta segunda-feira seria divulgado um cronograma de obras para a reparação de cada rua, porém, até o momento, não a informação não foi divulgada.

_ Em até sete meses (que finalizam em outubro), todas as ruas que sofreram intervenções serão recompostas. Na segunda-feira, divulgaremos a lista. Algumas ruas receberão o serviço, outras depois. É preciso considerar que tivemos de mudar a concepção do projeto de esgotamento. Depois, a empresa Sulcava, teve, sim, atrasos, por conta de dificuldades e do aumento do preço do cimento asfáltico. Também, temos aqui na cidade, como em qualquer outro lugar, dificuldade em encontrar calceteiros, mas contamos com o aditamento de mais de R$ 4 milhões para finalização das obras e ruas recuperadas para população.

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Na tarde da última quinta-feira, um grupo de funcionários da empresa Sulcava trabalhava na Rua Heitor Graça Fernandes e utilizava um caminhão e uma retroescavadeira para retirar excesso de material solto nas vias da região. Próximo dali, na Rua Frederico Varaschini, a população esperava ansiosa por manutenção:

 _ É uma bagunça. Muita poeira, muita brita solta. Temos de andar devagar. Quem precisa empurrar o carrinho de bebê, sofre bastante _ diz Lilian Claro, 26 anos, funcionária de uma creche que fica rua.

Várias são as vias prejudicadas. Na extensão da Rua José Manhago, uma campeã de reclamações, segundo a prefeitura, a irregularidade dos paralelepípedos formam valetas. A situação se agrava em dias de chuva:

_ Desde dezembro, Camobi virou esse caos. Não recolocaram as pedras e, quando chove, vira um barral que chega vir água no joelho. De moto, é quase impossível andar _ relata Rafael Sartoni, 27 anos, entregador de gás.

"VÃO LEVAR MULTA EM CIMA DE MULTA", ADIANTA PREFEITO 
Paralelamente, no último dia 27 de fevereiro, a prefeitura confirmou a renovação da prestação de serviços com a concessionária. O contrato, do tipo misto, conforme explicado pelo prefeito, Jorge Pozzobom, deve ser assinado amanhã, e é uma das apostas para que a buraqueira seja freada. 

_ Estamos restabelecendo uma boa relação com a Corsan. Eles, inclusive, têm nos ajudado até em locais que muitas vezes não é competência deles. Mas, a partir do contrato, esse problema de falta de reparo e buraco vai ter que acabar, ou vão levar multa em cima de multas. E pesadas. Antes, não eram cobrados, não havia prazos. O antigo contrato tinha nove folhas, o de agora, 66 _ adianta Jorge Pozzobom, que assegura.

Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Diversas vias de Camobi acumulam pedras e pista irregular

O chefe do executivo não informou o valor das multas, mas também complementou que será criada de uma superintendência específica para fiscalização dos trabalhos da companhia, que tem até três anos para concluir toda rede de de esgoto e restabelecer o asfalto.

Com frequência, segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, a Ouvidoria municipal registra diversos protocolos decorrentes de problemas que a comunidade do Bairro Camobi atribui à Corsan.

A REDE DE ESGOTO
A rede de esgotamento da Corsan tem 77 quilômetros de encanamento e 30 quilômetros de ramais domiciliares e deve alcançar 8 mil imóveis, beneficiando mais de 26 mil moradores do local além da população de cerca de 30 mil pessoas que circulam pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) diariamente.

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